quinta-feira, julho 10, 2008

Trabalho até as ultimas conseqüências

Trabalhar além do limite parece valer a pena para chegar a um objetivo planejado. Aumentar por contra própria o horário de trabalho, abrir mão da hora do almoço e deixar de se divertir aos fins de semana parece não ser sacrifício.

“Todo ser humano tem uma necessidade de trabalho e precisa gostar do que faz, se não as insatisfações vão aparecer e o conflito pessoal, familiar e na sociedade serão desgastantes”, declarou Jeferson Vanderlei , especialista em medicina do trabalho.

A idéia de receber aquela promoção que tanto sonhava começa a se aproximar quando você percebe que alguns sacrifícios irão te levar a um reconhecimento futuro.

Mas esse reconhecimento pode se deparar com alguns obstáculos como problemas psicológicos causados pelo excesso de trabalho, como estresse e depressão, que nem sempre são tratados por falta de informação.

O presidente da APMT (Associação Paulista de Medicina do Trabalho), médico Aizenaque Grimaldi de Carvalho, acredita que os reflexos podem ir desde cansaço constante até a agressividade. “O prejuízo do sono, distúrbios de concentração, cansaço constante, desânimo até mesmo para atividades de lazer, comprometimento da memória, irritabilidade e agressividade, que necessitam de acompanhamento profissional, são alguns dos sintomas”, disse.

Esses problemas têm se tornado pauta de muitas discussões. Algumas empresas e instituições têm percebido a importância da qualidade de vida de seu funcionário. “É importante reforçar que a saúde dos trabalhadores é um ponto que deve ser perseguido por todos os empresários, não somente pelo fato de que poderão produzir mais e melhor, mas, principalmente, pelo ponto de vista da responsabilidade social empresarial, que é um dos fatores que interferem diretamente na própria competitividade das empresas”, declarou Grimaldi de Carvalho.

Para o especialista em medicina do trabalho Jeferson Vanderlei, a conscientização sobre a qualidade de vida, embora ainda pequena, se mostra promissora principalmente nas empresas. “Tenho notado muito o interesse dos empresários em investir desde a questão de transporte, refeitório com dietas de baixas calorias, recursos humanos, assistência social e convênios médicos”, declarou.

Embora o excesso de trabalho cause alguns danos, se distanciar dele talvez não seja suficiente para atingir a “qualidade de vida” necessária. "A qualidade de vida depende muito do governo na questão de moradia, diversões em parques, campanhas de caminhadas, exercícios físicos e um bom saneamento básico”, disse Vanderlei.

É preciso aprender a dividir o tempo, dedicando-se a tarefas prazerosas fora do ambiente de trabalho como: um hobbie, uma atividade física, algum curso de preferência ou mesmo o tempo com familiares ou amigos.

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